historia
do
atletismo
Atletismo é a designação comum às atividades desportivas em geral, de carácter competitivo e recreativo, realizadas individualmente ou entre equipes (Corridas: pista, cross-country e rua, marcha atlética, lançamentos e saltos).
Atletismo na Pre-História
História do Atletismo
O ser humano já praticava algumas das modalidades do atletismo como forma de sobrevivência na pré-história. A caminhada, por exemplo, era utilizada para se locomover de um lugar para o outro. A corrida e os saltos, para escapar das presas dos animais carnívoros. O arremesso era usado para se defender e matar animais que serviam de alimento. Desta forma, os homens e as mulheres foram adquirindo habilidades que, mais tarde, foram aprimoradas e adaptadas para as competições de atletismo.
Atletismo na Era Antiga
História do Atletismo
O atletismo tem sido o evento chave dos Jogos Olímpicos desde a era antiga.
A história diz que os primeiros eventos esportivos organizados foram realizados por volta de 1200 a.C., no "Monte Olímpicus", na Grécia. Próximo a este local foi construído um palco esportivo para sediar os Jogos Olímpicos. Lá, os homens exibiam as suas forças, habilidades físicas e o controle psicológico, tudo em homenagem a Zeus, o rei dos deuses da mitologia grega.
As mulheres, por sua vez, não tinham permissão para participar dos jogos e nem mesmo para assistir as competições masculinas. Mas, em contrapartida, a cada quatro anos, era realizado um evento esportivo só para elas, em homenagem a Hera, esposa de Zeus.
Naquela época, os Jogos Olímpicos eram realizados durante cerimônias culturais e religiosas. Os atletas vitoriosos eram glorificados a altura dos grandes deuses. Em 776 a.C., Corobeus, de Atenas, fez seu nome correndo nu e descalço numa tosca pista de 200 jardas e tornou-se o primeiro atleta a ganhar uma prova olímpica. Ele venceu a prova de velocidade dos 192 metros, tornando-se o primeiro e o mais antigo herói do atletismo. Se não teve direito a uma medalha, mereceu uma estátua e gravou seu nome na história do esporte. Com o tempo, o atletismo ganhou novas modalidades, além de mais brilho e dimensão nos Jogos Olímpicos. Mas em 393 a. C., o imperador romano Theodózius proibiu a realização dos eventos esportivos. Desta forma, os Jogos Olímpicos foram paralisados e a tocha olímpica foi extinta por 1400 anos.
Atletismo na Era Moderna
História do Atletismo
Em 1896, o francês Pierre de Fredy, Barão de Coubertin, reativou os festivais esportivos. A primeira versão dos Jogos Olímpicos da era moderna foi realizada em Atenas, na Grécia. Participaram 285 atletas, de 13 países. Desde então, a tocha olímpica foi reacendida com a finalidade de promover paz entre a comunidade mundial. A intenção do Barão de Coubertin era de unir os povos pelo esporte.
"O principal objetivo da vida não é a vitória, mas a luta; o essencial não é vencer, mas lutar. Vamos exportar nossos atletas para promover a paz. Esse é o mercado livre do futuro." (Pierre de Coubertin, fundador da Olimpíada Moderna)
Atualmente, os Jogos Olímpicos são realizados, de quatro em quatro anos, em países e cidades diferentes. O atletismo continua sendo a atração principal. São 26 provas masculinas e 23 femininas.
Provas Olímpicas de Atletismo
História do Atletismo
Provas de velocidade: 100m, 200m, 400m
Revezamentos: 4 X 100m, 4 X 400m
Provas de meia distância: 800m e 1500m
Provas de longa distância: 3000m com obstáculos, 5.000m e 10.000 e Maratona (42km)
Provas de Marcha Atlética: 10.000m (Fem.), 20.000m(masc.) e 50.000m(masc.)
Provas de velocidade com barreiras: 100m (fem.), 110m (masc.) e 400m
Provas de saltos horizontais: Salto em Distância e Salto Triplo
Provas de saltos verticais: Salto em Altura e Salto com Vara
Provas de lançamento: Lançamento do Dardo e Lançamento do Disco
Provas de arremesso: Arremesso do Martelo(masc.) e Arremesso do Peso
Provas Combinadas
Decatlo (10 provas): 100m, 110m (c/barreiras), 400m, 1500m, Lançamento do Dardo, Lançamento do Disco, Arremesso do Peso, Salto em Altura, Salto com Vara e Salto em Distância
Heptatlo (7 provas): 100m (c/barreiras), 200m, 800m, Lançamento do Dardo, Arremesso do Peso, Salto em Altura e Salto em Distância
História dos Arcos e da Bandeira Olímpica
Os cincos arcos olímpicos entrelaçados representam os cincos continentes que dividem o planeta Terra ( África, América, Ásia, Europa, e Oceânia) e simbolizam o encontro de paz e harmonia entre os atletas para o evento competitivo mais importante do mundo.
A Bandeira Olímpica
A Bandeira Olímpica foi desenhada, em 1913, pelo Barão Pierre de Cubertin, mas só foi exibida no ano de 1920, nos Jogos Olímpicos de Antuérpia, na Bélgica. Nela apareciam cinco anéis entrelaçados e com as cores que compunham as bandeiras de todas as nações olímpicas da época.
História da Medalha Oímpica
História do Atletismo
Na era antiga, os vencedores recebiam uma coroa de louros como premiação. Já na era moderna, os vencedores recebiam também uma medalha olímpica. A frente da medalha foi desenhada pelo artista italiano Giuseppe Cassioli, em 1928, para os Jogos Olímpicos de Amsterdã, Alemanha. O mesmo desenho vem sendo utilizado desde 1972. O outro lado da medalha é desenhado a critério do País que sedia os Jogos.
Pesos e Medidas
A medalha olímpica mede 6 centímetros de diâmetro e 3 milímetros de largura. O primeiro colocado de cada evento recebe a medalha de ouro que é banhada com, no mínimo, seis gramas de ouro puro. O segundo colocado recebe a medalha de prata e o terceiro colocado fica com a medalha de bronze. Todos os atletas e participantes oficiais recebem uma medalha e um diploma comemorativo dos Jogos Olímpicos.
Pista de Atletismo
História do Atletismo
A pista oficial de atletismo tem um formato oval e é dividida em oito raias de 400 metros de extensão.
Fonte: www.joaquimcruz.com
História do Atletismo
Considerado o esporte-base, por testar todas as característica básicas do homem, o atletismo não se limita somente à resistência física, mas integra essa resistência à habilidade física. Comporta três tipos de provas, disputadas individualmente que são as corridas, os saltos e os lançamentos. Conforme as regras de cada jogo, as competições realizadas em equipes somam pontos que seus membros obtêm em cada uma das modalidades.
As corridas rasas de velocidade e revezamento são antigas. As corridas com obstáculos, que podem ser naturais ou artificiais, juntamente com as corridas de "sabe", que os ingleses chamam de "steeple chass", foram idealizadas tendo como modelo as corridas de cavalos.
A maratona, a mais famosa das corridas de resistência, baseia-se na legendária façanha de um soldado grego que em 490 A C. Correu o campo de batalha das planícies de Maratona até Atenas, numa distância superior a 35 km, para anunciar a vitória dos gregos sobre os persas. Uma vez cumprida a missão, caiu morto. As maratonas modernas exigem um percurso ainda maior: 42.195 m.
Nos primórdios de nossa civilização, começa a história do atletismo. O homem das cavernas, de forma natural, praticava uma série de movimentos, nas atividades de caça, em sua defesa própria etc. Ele saltava, corria, lançava, enfim desenvolvia uma série de habilidades relacionadas com as diversas provas de uma competição de atletismo. Podemos verificar que as provas de atletismo são atividades naturais e fundamentais do homem: o andar, o correr, o saltar e o arremessar. Por esta razão, é considerado o atletismo o "esporte base" e suas provas competitivas compõem-se de marchas, corridas, saltos e arremessos. Além disso, o desenvolvimento dessas habilidades são necessárias à prática de outras modalidades esportivas.
Por exemplo, podemos observar um jogador em atividade numa partida de futebol, basquete ou voleibol. Durante o jogo, ele anda, outras vezes, corre, salta e pratica arremessos. Por isso, um jogador de futebol, basquete ou voleibol procura sempre desenvolver essas habilidades que são "base" dos conjuntos de atividade física do praticante dessas modalidades.
A história do atletismo é muito bonito, pois que se inicia com a própria história da humanidade, quando o homem primitivo praticava suas atividades naturais para sobrevivência. Chega mesmo a se confundir com a mitologia, quando observamos o período da Antigüidade Clássica, com os Jogos Olímpicos que deram origem aos atuais Jogos Olímpicos da Era Moderna, que trazem como reminiscência cultural mais marcante a figura de Discóbulo de Miron.
O atletismo, sob forma de competição, teve sua origem na Grécia. A palavra atletismo foi derivada da raiz grega, "ATHI, competição", o princípio do heroísmo sagrado grego, o espirito de disputa, o ideal do belo etc. - o que se chamou de ESPÍRITO AGONÍSTICO. Surgiram então as competições que foram perdendo o caráter de religiosidade e assumindo exclusivamente o caráter esportivo. O romano Juvenal sintetizou a expressão com "MENS SANA IN CORPORE SANO" a própria filosofia do esporte.
A história do atletismo pode ser dividida em três períodos:
o primeiro, de suas origens, nas civilizações primitivas, à extinção dos antigos jogos olímpicos, pelo imperador romano Teodósio, no ano de 393 d.C.; o segundo, da Idade Média, a época de atividade descontínua ou mesmo de decadência para as competições de pista e campo, ao século passado, quando educadores vitorianos introduziram os esportes nas escolas inglesas, definindo-os, codificando-os e mais tarde difundindo-os pela Europa; e o terceiro, do renascimento dos jogos olímpicos, em 1896, com o barão francês Pierre de Coubertin, ao atletismo dos dias atuais.
O mais antigo registro de competições de atletismo data de 776 a.C., mas é certo que os esportes organizados, incluindo provas de pista e campo foram praticados muitos séculos antes. Já nas primitivas civilizações, o homem cultivava o gosto de competir, medindo sua força e rapidez e habilidade. Os exercícios destinados a aprimorar ou a manter a saúde do corpo decorriam da própria luta pela sobrevivência; obrigado a enfrentar, de início, inúmeros obstáculos naturais e, mais tarde, o seu semelhante, o homem apurou seus instintos de correr, saltar e lançar.
Com as guerras criaram-se os exércitos. O uso de paus e pedras, como armas, deu lugar ao de lançar, dardos e espadas. Em 2500 a.C., os egípcios já se ocupavam de provas de luta livre e combates com paus. Dez séculos depois, os cretenses dedicavam-se à dança, ao pugilato e à corrida a pé, como forma de recreação. Vários achados arqueológicos confirmam que os antigos habitantes da China, Índia e Mesopotâmia também conheciam pela mesma época, as corridas e os lançamentos de peso.
O berço do esporte organizado situa-se, porém, na Grécia. Segundo Filóstrato, em 1225 a.C. foi disputado o primeiro pentatlo, série de cinco provas (corrida, salto em distância, luta e lançamento de disco e dardo), por um mesmo atleta. No canto XXIII da Ilíada, Homero narra os funerais de Pátroclo, junto aos muros de Tróia, e as provas atléticas que Aquiles fez celebrar em honra do morto. Entre essas provas, estavam a corrida ("... o filho de Oileu [i.é, Ájax] tomou a dianteira, sobre seus passos lançou-se o divino Ulisses..."), o lançamento de um bloco de ferro maciço e o lançamento do dardo. Para honrar os deuses ou homenagear os visitantes, os gregos costumavam organizar programas esportivos, perto de Olímpia, tradição que foi mantida pelo menos até a segunda metade do século X a.C.
Coube a Ífito, rei da Élida, por sugestão da Pítia, sacerdotisa que interpretava os oráculos de Delfos, reviver a tradição, em 884 a.C., certo de que, com isso, os deuses interviriam em seu favor e poriam fim à peste que assolava o Peloponeso. Mas os jogos olímpicos, recriados por Ífito, só começaram a ser contados de 776 a.C. em diante, quando os nomes dos campeões passaram a ser inscritos nos registros públicos. O primeiro foi Corebo (grego Kóroibos, latim Coroebus), da Élida, vencedor da única prova do programa; a corrida do estádio (grego stádion, latim stadium). O estádio tinha a forma de letra U, com 211 por 23m. A corrida, ou dromo (grego drómos, latim drõmos), era disputada num percurso de 192,27 m, distância que os gregos diziam equivaler a 600 pés de Hércules, herói mitológico cujas façanhas, segundo a lenda, estariam ligadas à própria origem dos jogos.
A corrida do estádio em 724 a.C., passou a ser disputada em duas voltas completas pela pista, denominando-se diaulo (grego díaulos, latim diaulos). Quatro anos depois, realizou-se a primeira carreira de fundo, ou dólico (grego dólikhos), que consistia em 12 voltas completas pela pista, ou pouco menos de 4.700m. O programa olímpico, depois disso, só foi alterado em 708 a.C., quando, além das corridas a pé e de carros, se efetuou o pentatlo com as mesmas cinco provas descritas por Filóstrato. Seu primeiro vencedor chamava-se Lâmpis (grego Lámpis, latim Lampis) e nascera na Lacônia. Graças aos registros públicos - e às narrativas homéricas, pós-homéricas e de outros poetas e prosadores, conhecem-se hoje alguns dos princípios que regiam as provas daquele tempo.
Nas corridas, os atletas dispunham-se à boca de um túnel, localizado a oeste do bosque sagrado, numa linha de saída denominada áfese (grego áphesis). Um toque de trompa ou trombeta, em forma de cone (grego sálpiks, latim sapinx), precisava o instante da partida, que também podia se anunciada pelo juiz, a viva voz. Nos saltos, era permitido ao atleta impulsionar o corpo, desde que seus pés não ultrapassem uma linha-limite riscada no solo. O vencedor era o que atingisse a maior distância, na soma de três saltos. O disco (grego dískos, latim discus), antes de pedra, passou a ser de bronze, ao tempo de Ífito. Era mais grosso ao centro, fino nos bordos, media de 20 a 36cm e pesava 5kg. O discóbolo (grego diskóbolos, latim discõbulus) situava-se num trampolim ou barreira de terra batida, e ali reproduzia o gesto imortalizado por Mílon ou Milão de Crotona, atleta cujo lançamento de disco é, até hoje, um dos símbolos dos jogos olímpicos.
O dardo (grego ksystón), aproximadamente com 1,80m de comprimento, tinha uma extremidade de ferro pontiaguda que possibilitava ao atleta, com o lançamento, fincá-lo no solo. Sua propulsão fazia-se com o auxílio de uma correia de 40cm, enrolada um pouco atrás do centro de gravidade do dardo. Essa correia, acionada com força no momento do arremesso, impunha um movimento rotativo ao dardo, levando-o a grandes distâncias. O programa dos jogos olímpicos manteve-se praticamente o mesmo por toda a Antigüidade. No século VII a.C., em Esparta, houve modificações, para que as mulheres também pudessem competir.
Coube a Licurgo a decisão de que "...as mulheres, como os homens, devem medir entre si a força e rapidez, pois a missão das mulheres livres é engendrar filhos vigorosos".
Nos jogos realizados em Delos, elas participavam de corridas a pé, por categorias segundo a idade, cumprindo um percurso equivalente a 160m. Os romanos, assimilarem a cultura grega, já no século I d.C., prosseguiram com a tradição dos jogos olímpicos, embora com espírito mais recreativo do que competitivo, até que, em 393, o imperador Teodósio - responsável pela matança de dez mil gregos em Tessalonica - se converteu ao cristianismo, após curar-se de grave enfermidade: para ganhar o perdão de Ambrósio, bispo de Milão, concordou em suprimir todas as festividades pagãs, inclusive os jogos olímpicos.
DA IDADE MÉDIA AOS VITORIANOS
O atletismo dos romanos já apresentou uma fase de decadência em relação as dos gregos, não só por menos competitivo e sem fim educativo, mas também porque o atleta, em geral escravo ou prisioneiro de guerra, estava muito longe de gozar do prestígio social dos antigos competidores gregos. Como o gladiador, ele era treinado para divertir, no circo ou no anfiteatro. Os jovens romanos de boa posição preferiam as carreiras de bigas e quadrigas, ou mesmo os banhos nas termas, às corridas, saltos e lançamentos que os gregos quase cultuavam. Os séculos que separam Teodósio do ano de 1154 - quando se vai encontrar o primeiro registro de provas de atletismo na Idade Média - foram total abandono das competições de pista e campo. A não ser pelos jogos de alguns povos da América pré-colombiana e uma ou outra atividade isolada em poucos países do Oriente, quase sempre ligada às corridas a pé, não houve atletismo organizado nesse período e mesmo depois. As provas que realizam em Londres e outras cidades inglesas, em 1154, não passaram de um recomeço discreto. Eram corridas e saltos em distância e altura, lançamentos de peso e outros jogos de campo, praticados sem regras fixas.
A Europa medieval, então, interessava-se mais pela cavalaria, pelos exercícios militares que aperfeiçoavam o manejo de espadas, lanças, arco e flecha, mais úteis numa época de guerras quase permanentes. Alguns reis, como Eduardo III, chegaram a proibir a prática de qualquer esporte que não tivesse A história do atletismo pode ser dividida em três períodos:
o primeiro, de suas origens, nas civilizações primitivas, à extinção dos antigos jogos olímpicos, pelo imperador romano Teodósio, no ano de 393 d.C.; o segundo, da Idade Média, a época de atividade descontínua ou mesmo de decadência para as competições de pista e campo, ao século passado, quando educadores vitorianos introduziram os esportes nas escolas inglesas, definindo-os, codificando-os e mais tarde difundindo-os pela Europa; e o terceiro, do renascimento dos jogos olímpicos, em 1896, com o barão francês Pierre de Coubertin, ao atletismo dos dias atuais.
O mais antigo registro de competições de atletismo data de 776 a.C., mas é certo que os esportes organizados, incluindo provas de pista e campo foram praticados muitos séculos antes. Já nas primitivas civilizações, o homem cultivava o gosto de competir, medindo sua força e rapidez e habilidade. Os exercícios destinados a aprimorar ou a manter a saúde do corpo decorriam da própria luta pela sobrevivência; obrigado a enfrentar, de início, inúmeros obstáculos naturais e, mais tarde, o seu semelhante, o homem apurou seus instintos de correr, saltar e lançar.
Com as guerras criaram-se os exércitos. O uso de paus e pedras, como armas, deu lugar ao de lançar, dardos e espadas. Em 2500 a.C., os egípcios já se ocupavam de provas de luta livre e combates com paus. Dez séculos depois, os cretenses dedicavam-se à dança, ao pugilato e à corrida a pé, como forma de recreação. Vários achados arqueológicos confirmam que os antigos habitantes da China, Índia e Mesopotâmia também conheciam pela mesma época, as corridas e os lançamentos de peso.
O berço do esporte organizado situa-se, porém, na Grécia. Segundo Filóstrato, em 1225 a.C. foi disputado o primeiro pentatlo, série de cinco provas (corrida, salto em distância, luta e lançamento de disco e dardo), por um mesmo atleta. No canto XXIII da Ilíada, Homero narra os funerais de Pátroclo, junto aos muros de Tróia, e as provas atléticas que Aquiles fez celebrar em honra do morto. Entre essas provas, estavam a corrida ("... o filho de Oileu [i.é, Ájax] tomou a dianteira, sobre seus passos lançou-se o divino Ulisses..."), o lançamento de um bloco de ferro maciço e o lançamento do dardo. Para honrar os deuses ou homenagear os visitantes, os gregos costumavam organizar programas esportivos, perto de Olímpia, tradição que foi mantida pelo menos até a segunda metade do século X a.C.
Coube a Ífito, rei da Élida, por sugestão da Pítia, sacerdotisa que interpretava os oráculos de Delfos, reviver a tradição, em 884 a.C., certo de que, com isso, os deuses interviriam em seu favor e poriam fim à peste que assolava o Peloponeso. Mas os jogos olímpicos, recriados por Ífito, só começaram a ser contados de 776 a.C. em diante, quando os nomes dos campeões passaram a ser inscritos nos registros públicos. O primeiro foi Corebo (grego Kóroibos, latim Coroebus), da Élida, vencedor da única prova do programa; a corrida do estádio (grego stádion, latim stadium). O estádio tinha a forma de letra U, com 211 por 23m. A corrida, ou dromo (grego drómos, latim drõmos), era disputada num percurso de 192,27 m, distância que os gregos diziam equivaler a 600 pés de Hércules, herói mitológico cujas façanhas, segundo a lenda, estariam ligadas à própria origem dos jogos.
A corrida do estádio em 724 a.C., passou a ser disputada em duas voltas completas pela pista, denominando-se diaulo (grego díaulos, latim diaulos). Quatro anos depois, realizou-se a primeira carreira de fundo, ou dólico (grego dólikhos), que consistia em 12 voltas completas pela pista, ou pouco menos de 4.700m. O programa olímpico, depois disso, só foi alterado em 708 a.C., quando, além das corridas a pé e de carros, se efetuou o pentatlo com as mesmas cinco provas descritas por Filóstrato. Seu primeiro vencedor chamava-se Lâmpis (grego Lámpis, latim Lampis) e nascera na Lacônia. Graças aos registros públicos - e às narrativas homéricas, pós-homéricas e de outros poetas e prosadores, conhecem-se hoje alguns dos princípios que regiam as provas daquele tempo.
Nas corridas, os atletas dispunham-se à boca de um túnel, localizado a oeste do bosque sagrado, numa linha de saída denominada áfese (grego áphesis). Um toque de trompa ou trombeta, em forma de cone (grego sálpiks, latim sapinx), precisava o instante da partida, que também podia se anunciada pelo juiz, a viva voz. Nos saltos, era permitido ao atleta impulsionar o corpo, desde que seus pés não ultrapassem uma linha-limite riscada no solo. O vencedor era o que atingisse a maior distância, na soma de três saltos. O disco (grego dískos, latim discus), antes de pedra, passou a ser de bronze, ao tempo de Ífito. Era mais grosso ao centro, fino nos bordos, media de 20 a 36cm e pesava 5kg. O discóbolo (grego diskóbolos, latim discõbulus) situava-se num trampolim ou barreira de terra batida, e ali reproduzia o gesto imortalizado por Mílon ou Milão de Crotona, atleta cujo lançamento de disco é, até hoje, um dos símbolos dos jogos olímpicos.
O dardo (grego ksystón), aproximadamente com 1,80m de comprimento, tinha uma extremidade de ferro pontiaguda que possibilitava ao atleta, com o lançamento, fincá-lo no solo. Sua propulsão fazia-se com o auxílio de uma correia de 40cm, enrolada um pouco atrás do centro de gravidade do dardo. Essa correia, acionada com força no momento do arremesso, impunha um movimento rotativo ao dardo, levando-o a grandes distâncias. O programa dos jogos olímpicos manteve-se praticamente o mesmo por toda a Antigüidade. No século VII a.C., em Esparta, houve modificações, para que as mulheres também pudessem competir.
Coube a Licurgo a decisão de que "...as mulheres, como os homens, devem medir entre si a força e rapidez, pois a missão das mulheres livres é engendrar filhos vigorosos".
Nos jogos realizados em Delos, elas participavam de corridas a pé, por categorias segundo a idade, cumprindo um percurso equivalente a 160m. Os romanos, assimilarem a cultura grega, já no século I d.C., prosseguiram com a tradição dos jogos olímpicos, embora com espírito mais recreativo do que competitivo, até que, em 393, o imperador Teodósio - responsável pela matança de dez mil gregos em Tessalonica - se converteu ao cristianismo, após curar-se de grave enfermidade: para ganhar o perdão de Ambrósio, bispo de Milão, concordou em suprimir todas as festividades pagãs, inclusive os jogos olímpicos.
DA IDADE MÉDIA AOS VITORIANOS
O atletismo dos romanos já apresentou uma fase de decadência em relação as dos gregos, não só por menos competitivo e sem fim educativo, mas também porque o atleta, em geral escravo ou prisioneiro de guerra, estava muito longe de gozar do prestígio social dos antigos competidores gregos. Como o gladiador, ele era treinado para divertir, no circo ou no anfiteatro. Os jovens romanos de boa posição preferiam as carreiras de bigas e quadrigas, ou mesmo os banhos nas termas, às corridas, saltos e lançamentos que os gregos quase cultuavam. Os séculos que separam Teodósio do ano de 1154 - quando se vai encontrar o primeiro registro de provas de atletismo na Idade Média - foram total abandono das competições de pista e campo. A não ser pelos jogos de alguns povos da América pré-colombiana e uma ou outra atividade isolada em poucos países do Oriente, quase sempre ligada às corridas a pé, não houve atletismo organizado nesse período e mesmo depois. As provas que realizam em Londres e outras cidades inglesas, em 1154, não passaram de um recomeço discreto. Eram corridas e saltos em distância e altura, lançamentos de peso e outros jogos de campo, praticados sem regras fixas.
A Europa medieval, então, interessava-se mais pela cavalaria, pelos exercícios militares que aperfeiçoavam o manejo de espadas, lanças, arco e flecha, mais úteis numa época de guerras quase permanentes. Alguns reis, como Eduardo III, chegaram a proibir a prática de qualquer esporte que não tivesse associado ao treinamento dos soldados, incuindo o atletismo. Embora outros soberanos se tenham mostrados mais tolerantes, como Henrique VIII, que participou de vários torneios de lançamento do martelo, o atletismo não era considerado esporte nobre. Essa condição (à qual se adiciona o ascetismo cristão da Idade Média, segundo o qual os cuidados com o corpo deveriam dar lugar à purificação da alma) explica seu esquecimento até o século XIX. Coube exatamente aos ingleses reviver, de forma definitiva, as competições clássicas de pista e campo. Os povos das ilhas Britânicas sempre apreciaram os esportes. Mesmo durante a proibição reais, eles os esportes reais, eles os praticavam, ou clandestinamente ou pelos favores de autoridades benevolentes.
O gosto pela recreação ao ar livre levou-os a criar ou a adaptar uma variedade de jogos, muitos dos quais têm popularidade em todo o mundo, nos dias de hoje. No início do século passado, com reforma que os educadores vitorianos introduziram nas escolas públicas, foram aproveitados os princípios defendidos por Thomas Arnold, na Rugby School. Thomas Arnold, educador inglês nasceu em East Cowes, ilha de Wight, a 13 de junho de 1975, e morreu em Rugby a 12 de junho de 1842. Educado em Winchester e Oxford, apresentou-se como candidato a chefe da escola de Rugby em 1827, a disposto a transformar o sistema educacional público não apenas naquela instituição, mas em toda a Grã-Bretanha. Lembrado principalmente por seus sermões na capela escolar, Arnold teve o mérito de conseguir mais do que até então o sistema de prefeitos nas escolas públicas produzida. Após sua morte, a maioria das escolas secundárias inglesas tomaram a Rugby como modelo.
Admirador da civilização grega, Arnold reviveu o princípio de uma união fértil entre o esforço físico e o mental. De acordo com Arnold, o esporte sistematizado era de grande importância na educação do jovem, disciplinando-o aprimorando-lhe as qualidades morais, e sobretudo, levando a descarregar nos campos de jogo um potencial de energia que, de outra forma poderia ser utilizado em práticas condenáveis. Entre essas práticas, os educadores ingleses incluíram idéias reformistas dos jovens da classe média, em oposição ao tradicionalismo vitoriano. Em 1825, corridas a pé eram disputadas regularmente em Uxbridge. Em 1838 os alunos de Eton praticavam as primeiras provas com barreiras, numa distância de 110 jardas. Seis anos depois , a primeira corrida de fundo, também com barreiras, chamada steeplechase (do inglês literalmente "busca ou caça da torre", meta que devia ser atingida vencendo quaisquer obstáculos; o vocábulo documenta-se em inglês já em 1805), ampliava o programa de provas atléticas. Na metade do século, com a adesão de escolas como Winchester, Charterhouse, Shrewsbury, Westminster e Harrow, o atletismo estava oficializado na Inglaterra, de onde passou para a Escócia; Irlanda e país de Gales, chegando finalmente a outros pontos da Europa.
Os alemães e os escandinavos, que já se dedicavam à ginástica e outras formas de educação física, foram os primeiros a adotar o atletismo inglês. As provas regulamentadas pelos educadores vitorianos - e que serviram de ponto de partida para o moderno programa de competições atléticas - compreendiam as quatro modalidades clássicas dos gregos (corrida, salto em distância, lançamentos de dardo e disco) e muitas variantes por eles criadas ou adaptadas. As corridas eram disputadas em várias distâncias, a menor de 110 jardas; a maior de 3 a 4 milhas. Além de salto em distância, havia o de altura, o triplo (que se inspirava nos três saltos isolados dos gragos) e o com vara, cuja origem se situa nos antigos métodos ingleses de pular sobre valas, riachos e canais, com o auxílio de varas. Aos lançamentos de dardo e disco, acrescentaram-se os de peso e martelo, este de origem celta e muito popular, havia séculos na Escócia e na Irlanda. Havia ainda, uma forma rudimentar de revezamento (corridas entre equipes, com passagem de bastão de um corredor para outro) e provas combinadas nos moldes de pentatlo.
DE COUBERTIN ATÉ HOJE...
Em 1892, numa sessão solene realizada na Sorbonne, em Paris, Pierre de Fredi, barão de Coubertin, apresentou um projeto para que fossem recriados os jogos olímpicos extintos por Teodósio. Seu objetivo era um movimento internacional, o olimpismo, que visava a promover o estreitamento de ralações entre os povos através do esporte. A proposição tinha também, fins pedagógicos: "... Formar o caráter dos jovens pela prática esportiva, despertando-lhes o senso de disciplina, o domínio de si mesmo, o espírito de equipe e a disposição de competir". Mas a idéia só se concretizou em 1894, a partir de um congresso realizado também na Sorbonne, dessa vez com a participação de representantes de 14 países. Foi criado o Comitê Olímpico Internacional, com sede em Lausanne, Suíça, e estabeleceram-se as normas para a realização dos primeiros jogos em 1896, na Grécia.
O primeiro programa olímpico de atletismo compreendia corridas de 100, 400, 800 e 1.500m, e mais a de 110m com barreiras, saltos em distância, altura, triplo e com vara, lançamentos de peso e disco. Uma prova especial a maratona, foi organizada para os corredores de fundo, por sugestões do lingüista e helenista francês Michel Bréal. Pretendia-se com ela, recordar a façanha de Fidípdes (gr. Pheidippídes), soldado ateniense que correu da cidade de Maratona, perto de Ática, até Atenas, para anunciar aos gregos a vitória de Milcíades sobre os persas em 490 a.C. A maratona olímpica - que acabou convertendo-se numa das provas clássicas dos jogos olímpicos modernos - foi corrida num percurso de 42Km, aproximadamente a mesma distância cumprida por Fidípedes. Seu primeiro vencedor foi o grego Louís Spýros, modesto fabricante que vivia em Marusi.
O programa original do atletismo olímpico, aberto apenas a competidores do sexo masculino, foi sendo sucessivamente modificado. Em 1900, introduziram-se as provas de 400m com barreiras, de 2.500m de steeplechase e de lançamento do martelo. Das modalidades clássicas, as últimas a figurarem nos modernos jogos olímpicos foram o lançamento do dardo, só disputado oficialmente em 1908, e pentatlo, em 1912. Neste ano realizaram-se também, o primeiro decatlo (dez provas por um mesmo atleta) e os revezamentos de 4x100 e 4x400 metros. As mulheres só começaram a participar regularmente dos jogos olímpicos em 1928, cumprindo um programa de 100, 800 e 4x100 metros, o salto em altura e o lançamento do disco. Até 1948, outros acréscimos e supressões foram feitos tanto no programa masculino como no feminino.
De 1948, quando o número de provas para mulheres aumentou consideravelmente, a 1956, ano em que disputou a primeira marcha de 20km (a de 50km já fora introduzida em 1932) o programa oficial sofreu suas últimas alterações. Os jogos olímpicos ajudaram a popularizar o atletismo, universalizando-o cada vez mais. No século passado, já existiam alguns órgãos dedicados à regulamentação e promoção de torneios atléticos, entre os quais o London Athletic Club e o Amateur Athletic Club, ambos na Inglaterra, a Association of Amateur Athletes of América e o New York Athletic Club, estes nos E.U.A., além de clubes, associações e escolas de educação física na Alemanha, Suécia, Finlândia, Dinamarca, Noruega e França. O intercâmbio entre esses países fez-se gradativamente. Os ingleses sistematizaram o atletismo e difundiram-no pela Europa e E.U.A. Os mesmos ingleses, os alemães e os norte americanos introduziram-no em toda a América Latina. Mas foram os jogos olímpicos no século XX, que transformaram as provas de pista e campo num esporte universal, base de todos os outros.associado ao treinamento dos soldados, incuindo o atletismo. Embora outros soberanos se tenham mostrados mais tolerantes, como Henrique VIII, que participou de vários torneios de lançamento do martelo, o atletismo não era considerado esporte nobre. Essa condição (à qual se adiciona o ascetismo cristão da Idade Média, segundo o qual os cuidados com o corpo deveriam dar lugar à purificação da alma) explica seu esquecimento até o século XIX. Coube exatamente aos ingleses reviver, de forma definitiva, as competições clássicas de pista e campo. Os povos das ilhas Britânicas sempre apreciaram os esportes. Mesmo durante a proibição reais, eles os esportes reais, eles os praticavam, ou clandestinamente ou pelos favores de autoridades benevolentes.
O gosto pela recreação ao ar livre levou-os a criar ou a adaptar uma variedade de jogos, muitos dos quais têm popularidade em todo o mundo, nos dias de hoje. No início do século passado, com reforma que os educadores vitorianos introduziram nas escolas públicas, foram aproveitados os princípios defendidos por Thomas Arnold, na Rugby School. Thomas Arnold, educador inglês nasceu em East Cowes, ilha de Wight, a 13 de junho de 1975, e morreu em Rugby a 12 de junho de 1842. Educado em Winchester e Oxford, apresentou-se como candidato a chefe da escola de Rugby em 1827, a disposto a transformar o sistema educacional público não apenas naquela instituição, mas em toda a Grã-Bretanha. Lembrado principalmente por seus sermões na capela escolar, Arnold teve o mérito de conseguir mais do que até então o sistema de prefeitos nas escolas públicas produzida. Após sua morte, a maioria das escolas secundárias inglesas tomaram a Rugby como modelo.
Admirador da civilização grega, Arnold reviveu o princípio de uma união fértil entre o esforço físico e o mental. De acordo com Arnold, o esporte sistematizado era de grande importância na educação do jovem, disciplinando-o aprimorando-lhe as qualidades morais, e sobretudo, levando a descarregar nos campos de jogo um potencial de energia que, de outra forma poderia ser utilizado em práticas condenáveis. Entre essas práticas, os educadores ingleses incluíram idéias reformistas dos jovens da classe média, em oposição ao tradicionalismo vitoriano. Em 1825, corridas a pé eram disputadas regularmente em Uxbridge. Em 1838 os alunos de Eton praticavam as primeiras provas com barreiras, numa distância de 110 jardas. Seis anos depois , a primeira corrida de fundo, também com barreiras, chamada steeplechase (do inglês literalmente "busca ou caça da torre", meta que devia ser atingida vencendo quaisquer obstáculos; o vocábulo documenta-se em inglês já em 1805), ampliava o programa de provas atléticas. Na metade do século, com a adesão de escolas como Winchester, Charterhouse, Shrewsbury, Westminster e Harrow, o atletismo estava oficializado na Inglaterra, de onde passou para a Escócia; Irlanda e país de Gales, chegando finalmente a outros pontos da Europa.
Os alemães e os escandinavos, que já se dedicavam à ginástica e outras formas de educação física, foram os primeiros a adotar o atletismo inglês. As provas regulamentadas pelos educadores vitorianos - e que serviram de ponto de partida para o moderno programa de competições atléticas - compreendiam as quatro modalidades clássicas dos gregos (corrida, salto em distância, lançamentos de dardo e disco) e muitas variantes por eles criadas ou adaptadas. As corridas eram disputadas em várias distâncias, a menor de 110 jardas; a maior de 3 a 4 milhas. Além de salto em distância, havia o de altura, o triplo (que se inspirava nos três saltos isolados dos gragos) e o com vara, cuja origem se situa nos antigos métodos ingleses de pular sobre valas, riachos e canais, com o auxílio de varas. Aos lançamentos de dardo e disco, acrescentaram-se os de peso e martelo, este de origem celta e muito popular, havia séculos na Escócia e na Irlanda. Havia ainda, uma forma rudimentar de revezamento (corridas entre equipes, com passagem de bastão de um corredor para outro) e provas combinadas nos moldes de pentatlo.
DE COUBERTIN ATÉ HOJE...
Em 1892, numa sessão solene realizada na Sorbonne, em Paris, Pierre de Fredi, barão de Coubertin, apresentou um projeto para que fossem recriados os jogos olímpicos extintos por Teodósio. Seu objetivo era um movimento internacional, o olimpismo, que visava a promover o estreitamento de ralações entre os povos através do esporte. A proposição tinha também, fins pedagógicos: "... Formar o caráter dos jovens pela prática esportiva, despertando-lhes o senso de disciplina, o domínio de si mesmo, o espírito de equipe e a disposição de competir". Mas a idéia só se concretizou em 1894, a partir de um congresso realizado também na Sorbonne, dessa vez com a participação de representantes de 14 países. Foi criado o Comitê Olímpico Internacional, com sede em Lausanne, Suíça, e estabeleceram-se as normas para a realização dos primeiros jogos em 1896, na Grécia.
O primeiro programa olímpico de atletismo compreendia corridas de 100, 400, 800 e 1.500m, e mais a de 110m com barreiras, saltos em distância, altura, triplo e com vara, lançamentos de peso e disco. Uma prova especial a maratona, foi organizada para os corredores de fundo, por sugestões do lingüista e helenista francês Michel Bréal. Pretendia-se com ela, recordar a façanha de Fidípdes (gr. Pheidippídes), soldado ateniense que correu da cidade de Maratona, perto de Ática, até Atenas, para anunciar aos gregos a vitória de Milcíades sobre os persas em 490 a.C. A maratona olímpica - que acabou convertendo-se numa das provas clássicas dos jogos olímpicos modernos - foi corrida num percurso de 42Km, aproximadamente a mesma distância cumprida por Fidípedes. Seu primeiro vencedor foi o grego Louís Spýros, modesto fabricante que vivia em Marusi.
O programa original do atletismo olímpico, aberto apenas a competidores do sexo masculino, foi sendo sucessivamente modificado. Em 1900, introduziram-se as provas de 400m com barreiras, de 2.500m de steeplechase e de lançamento do martelo. Das modalidades clássicas, as últimas a figurarem nos modernos jogos olímpicos foram o lançamento do dardo, só disputado oficialmente em 1908, e pentatlo, em 1912. Neste ano realizaram-se também, o primeiro decatlo (dez provas por um mesmo atleta) e os revezamentos de 4x100 e 4x400 metros. As mulheres só começaram a participar regularmente dos jogos olímpicos em 1928, cumprindo um programa de 100, 800 e 4x100 metros, o salto em altura e o lançamento do disco. Até 1948, outros acréscimos e supressões foram feitos tanto no programa masculino como no feminino.
De 1948, quando o número de provas para mulheres aumentou consideravelmente, a 1956, ano em que disputou a primeira marcha de 20km (a de 50km já fora introduzida em 1932) o programa oficial sofreu suas últimas alterações. Os jogos olímpicos ajudaram a popularizar o atletismo, universalizando-o cada vez mais. No século passado, já existiam alguns órgãos dedicados à regulamentação e promoção de torneios atléticos, entre os quais o London Athletic Club e o Amateur Athletic Club, ambos na Inglaterra, a Association of Amateur Athletes of América e o New York Athletic Club, estes nos E.U.A., além de clubes, associações e escolas de educação física na Alemanha, Suécia, Finlândia, Dinamarca, Noruega e França. O intercâmbio entre esses países fez-se gradativamente. Os ingleses sistematizaram o atletismo e difundiram-no pela Europa e E.U.A. Os mesmos ingleses, os alemães e os norte americanos introduziram-no em toda a América Latina. Mas foram os jogos olímpicos no século XX, que transformaram as provas de pista e campo num esporte universal, base de todos os outros.
muito loko 22ko kkkkkkkkkkkkk
ResponderExcluir